sábado, 18 de abril de 2009

O New Cristicism nos Estados Unidos.

O New Cristicism surgiu no decorrer dos anos 30 no Sul dos Estados Unidos, num momento em que a crítica marxista encontrava-se desacreditada, para em seguida ocupar uma posição preponderante nos estudos literários entre 1940 e 1950. Jonh Crowe Ranson batizou oficialmente o movimento em 1941 quando nomeou seu livro: The New Cristicism. Além de Ranson torna-se necessário citar os nomes de Allen Tate, Cleanth Brooks, Roberth Penn Warnen, Yvor Winters, kinneth Burke e R.P. Blackmur que contribuíram para o movimento. Dentre os mais importantes pode-se citar T.E. Hulme, T.S. Eliot, Ezra Pound, I.A. Richards e William Empson.
Eliot tende a adotar a posição extremista de pensar que só merecem ser lidos os críticos que praticam bem a arte de que tratam, realça seu status de poeta crítico, bem como os de Hulme e Pound, que reagem contra a moda do romantismo. A tendência antibiográfica deve sua origem a Eliot que escreveu: “ A crítica honesta e a sensibilidade literária não se interessam pelo poeta, e sim pela poesia”, numa famosa teoria de dissociação da sensibilidade”. I. A. Richarde e seu discíspulo W. Empsom consagraram estudos de automatismos, fundado sobre a análise das reações do leitor individual ante o objeto literário, acreditam que do poemas partam linhas de forças que se transformam em sinestesia – “harmonia e equilíbrio dos impulsos”. Empson critica a divisão efetuada por Richards, divisão que leva o leitor a aprender separadamente duas coisas que deveriam ser captadas numa só unidade. Utiliza com maestria termos como: ironia, tensão e dramático. O estudo da ambiguidade, análise da polissemia e dos diferentes níveis de significação, abriram estudos posteriores sobre a metáfora.
Os New Critics lutaram vigorosamente contra o desenvolvimento da sociologia e da antropologia cultural. A aplicação de tais ciências aos estudos da literatura leva a um “relativismo crítico” que se recusa a tratar as obras de um período a não ser segundo os critérios desse mesmo período, impedindo os literatos de formular julgamentos “normativos”. Os valores absolutos procurados pelos New Critics eram postos em questão por diferentes formas de positivismo e pela crítica marxista, que reduzia a literatura a um conjunto de normas sociológicas e políticas. W. K. Wimsatt cita que a falácia intencional e afetiva leva o poema, enquanto objeto de apreciação crítica, a desaparecer. O apelo feito pelas críticas modernas à intenção do autor provoca o afastamento da composição interna do poema. Também contribuíram para abolir a destruição tradicional entre fundo e forma, consequentemente um dos principais objetivos da leitura microscópica que reside nos complexos pontos de vistas e suas tonalidades particulares, na exploração da polivalência das palavras e suas associações e posição do locutor em relação a cada um dos diferentes níveis de significação. Wimsatt acrescenta que a função da crítica objetiva é de auxiliar os leitores a atingir uma compreensão intuitiva e completa dos poemas, reconhecer os bons poemas, tarefa antes ilusória que proibida.
Os New Critics se perderam na fenomenologia que tenta analisar a obra de arte sem referência. Ainda que não constitua uma teoria viável, teve uma profunda e eficaz influência devido a sua maneira de abordar o objeto literário devido aproximação intrínseca com o mesmo, bem como aplicação mecânica de alguns princípios e ignorância do contexto, exatidão, precisão e nitidez na descrição, exigência de objetividade no tratamento da obra literária, tendência anti-biográfica e a-histórica, dái realizar leituras microscópicas utilizando noções de ambigüidade, ironia, paradoxo e metáfora, estabelecendo categorias de classificação e critérios absolutos para o julgamento crítico da obra literária. Seu declínio foi marcado por uma série de controvérsias tanto no centro como fora do movimento, pelo fato de não admitirem nenhuma outra informação além da contida no "texto" por eles estudado, nenhuma investigação precisa, seguindo seus preceitos. Além disso, estudar uma passagem de prosa ou poesia sob os moldes do New Criticism, requer cuidado, exige um exame detalhado da obra, já que nenhuma outra informação é permitida - uma atitude rígida pela qual os New Critics foram criticados. Suas leituras intimistas podiam também ser consideradas como uma tentativa conservadora de isolar o texto como uma coisa sólida, algo imutável, protegido de quaisquer influências externas.

3 comentários:

  1. "O teatro"

    O teatro é uma forma de expressão artística que sempre chamou muito a atenção das pessoas. Inicialmente, as peças teatrais só podiam ser compostas por homens, que representavam além papéis masculinos, também papéis femininos. No passado, usavam -se máscaras com expressões de felicidade e tristeza e, com o passar do tempo isso foi mudando, as máscaras foram deixadas de lado, sendo substituidas por maquiagens brilhantes e chamativas. Hoje em dia, o teatro é constituido tanto por homens quanto por mulheres.
    Na época do Romantismo e do Realismo, o teatro era muito expressivo, destacando-se o teatro crítico, moralizante e divertido.
    O Romantismo apresentou vários escritores que dedicaram-se ao teatro, como por exemplo, Gonçalves de Magalhães, José de Alencar e Castro Alves.
    O teatro romântico brasileiro iniciou-se em março de 1838, com a representação da tragédia Antônio José ou O poeta e a Inquisição, de Gonçalves de Magalhães.
    Em 4 de outubro de 1838 foi representada a primeira comédia escrita por Martins Pena, cujo nome era: O juíz de paz na roça, que criticava os costumes do interior na época do Império, deixando em evidência a ignorância dos roceiros.
    O Realismo no teatro foi salvo graças a Fança Júnior e Artur Azevedo, pois esses autores satíricos retratavam a sociedade brasileira do período histórico em que tem lugar a corte de Pedro II e que vai até a República. Retratavam também tramas familiares, etc.
    Como telespectadora, só assisti a uma peça teatral chamada de O alto da barca do inferno,a qual falava sobre a porta pro céu e pro inferno. Acho muito interessante essa forma de se expressar, pois, como se diz por aí, ao vivo e a cores é bem melhor, porque muita das vezes as pessoas improvisam e sai ainda melhor do que se tivesse sido ensaiado.

    Beijinhos galera.....

    Thuanna....

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  2. Felipe de Paula Rocha - 2º B17 de novembro de 2009 às 20:54

    Romantismo.

    A linguagem do Romantismo foi criar um novo momento à atualidade dentro dos padrões da burguesia eliminando os exageros do Barroco e reativando os modelos Classicistas. Em Portugal, tinha-se o objetivo de firmar como movimento literário apoiado na cultura popular e constituir o momento de transição para o Realismo.
    No Brasil surge logo após da independência, mostrando, assim, traços da cultura brasileira, especificando - Nacionalismo. Sendo a 1ª geração romantista brasileira. Após algum tempo desse novo movimento no Brasil nasce os ultra-românticos, que seriam totalmente voltados para si mesmo, sua individualidade tornando-se pessimistas.
    Com a independência, os brasileiros (românticos) tinham o principal questionamento em definir o significado abstrato de nação, povo, língua, a cultura brasileira em prosas simples e ao mesmo tempo completas.
    Tratando-se do Romance Regional, couberam-lhes a missão de proporcionar ao país uma visão de si mesmo; tendo que "abrir" sozinhos seus próprios caminhos. Sendo os espaços nacionais seus interesses. Capitais situados no litoral com imenso destaque ao RJ e regiões, Sul, Nordeste e Centro-Oeste.

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  3. O ROMANTISMO

    O romantismo não é como todo mundo pensa, não é fazer algo como levar flores a namorada, e sim, colocar as idéias e os sentimentos acima dos intereses materiais e cotidianos do dia-a-dia, significa exaltado, heróico, idealizador, sonhador, sentimental, etc.
    O período do romantismo abrange também dois grandes acontecimentos, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Dois acontecimentos que geraram novos processos e resultaram na formação da sociedade moderna.
    Ele nasceu na Alemanha e na Inglaterra e logo chegou a toda a Europa. O Romantismo tratou-se também de um movimento onde se abrigaram o conservadorismo e o desejo literário, o namoro com o poder e a revolta radical, etc.
    No Brasil o Romantismo passou por um processo de ajuste e adaptação, e os nossos autores tentaram pegar e aproveitar o melhor desse movimento.
    Já em Portugal ele apresentou dois momentos significativos. O primeiro foi o esforço de se firmar como movimento literário apoiado na cultura popular. O segundo contitui um momento de maturidade e de transição para o Realismo.
    Com relação ao primeiro momento eles queriam implantar o Romantismo no país pelo emprego de alguns procedimentos clássicos ainda não superados, que era o nacionalismo e pelas preocupações históricas e políticas.
    Com relação ao segundo momento, ele apresentou certos traços como o "Mau do século", que foi um comportamento fortemente marcado pelo pessimismo, pelo negativismo existencial, pelo mórbido e pelo sentimentalismo excessivo.

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